O que você pode fazer para você e para seus filhos para cuidar da saúde mental durante o isolamento

A civilização está enfrentando uma situação sem precedentes: uma pandemia e a consequente necessidade generalizada de quarentena. Diante deste cenário de confinamento global—que muitos diriam há poucas semanas improvável e distópico, mas que agora é real—as repercussões na nossa saúde mental são evidentes. Pipocam os compartilhamentos de estudos sobre o assunto, e o clima é visivelmente tenso em supermercados, farmácias, e outros estabelecimentos ainda abertos. É preciso manter a calma, seguir as orientações do Ministério da Saúde, e sobretudo ater-se ao espírito solidário de comunidade. Isso vai passar, e vamos passar por isso juntos.

Pesquisando na internet, o site do CDC (Centers for Disease Control and Prevention) traz algumas orientações práticas interessantes para manter sua saúde mental nesta época difícil. São baseadas em estudos e experiência prévios no manejo de situações de catástrofe. Abaixo transcrevo algumas orientações (podem ser acessadas na íntegra através do link ao final do post).

**O que você pode fazer por você mesmo:** 
• Dê um tempo das notícias nas redes sociais, jornais, canais de rádio e TV. Acessar informações sobre a pandemia repetidamente pode ser muito desgastante;
• dê um tempo para você mesmo e faça coisas que goste (ponha sua lista de leitura em dia, faça cursos online, etc.);
• conecte-se às pessoas. Telefone, converse pelos aplicativos, compartilhe suas preocupações e sentimentos com aqueles que você confia.
• Cuide de seu corpo; relaxe, faça meditação, coma saudável, evite o álcool e durma com qualidade.

**O que você pode fazer para os seus filhos:**
As crianças reagem, em parte, ao que presenciam dos adultos que estão perto. Quando pais e cuidadores reagem com calma e confiança, podem propiciar aos menores cuidados melhores. E os pais podem reagir melhor se estiverem preparados para o que esperar das crianças e adolescentes nestas circunstâncias. Eles reagem de maneira diferente, mas algumas mudanças comuns observadas são:
• Irritação ou choro excessivo;
• Regredir a comportamentos mais infantis;
• Tristeza ou preocupação excessivas;
• Hábitos alimentares ou de sono ruins;
• Dificuldades com atenção e concentração;
• Evitar atividades que gostavam no passado;
• Dores de cabeça ou dores no corpo não explicadas.

Há várias coisas que você pode fazer para seu filho:
• Tire um tempo para conversar com sua criança ou adolescente sobre o surto de COVID-19. Responda a perguntas e compartilhe fatos sobre o COVID-19 de uma maneira que seu filho possa entender.
• Tranquilize seu filho, faça com que sinta que está seguro. Diga que é normal ele se sentir chateado diante do momento. Compartilhe com ele como você lida com seu próprio estresse, para que ele aprenda com você a lidar com a situação.
• Limite a exposição de sua família à cobertura de notícias da pandemia, incluindo as mídias sociais. As crianças podem interpretar mal o que ouvem e podem ter medo de algo que não entendem.
• Tente manter as rotinas regulares. Se as escolas estiverem fechadas, crie um cronograma para atividades de aprendizado e atividades relaxantes ou divertidas.
• Seja um modelo. Faça pausas, durma bastante, faça exercícios e coma bem. Conecte-se com seus amigos e familiares.

Ainda sobre saúde mental, o CDC recomenda que as pessoas com transtornos psiquiátricos pré-existentes continuem seus tratamentos, e que estejam alertas para a possibilidade de uma piora do estado mental diante da situação.

Fonte: <“www.cdc.gov/…/2019-ncov/prepare/managing-stress-anxiety.html“>

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